sexta-feira, junho 17, 2005

Stop and Go


Será que nenhum dos chefes de estado presentes no Conselho Europeu entendeu o porquê da clivagem dos europeus com a União a Europeia? O adiamento dos referendos nos restantes países da Europa revela as “habilidades” políticas com que os europeus identificam o projecto de construção europeia. A perspectiva burocrata de curto prazo e de desaceleração venceu, face a uma perspectiva mais corajosa, mas provavelmente auto-flageladora de manutenção dos restantes referendos.
Joseph Borel, presidente do Parlamente Europeu, referiu, mais ao menos nestes termos, que, neste momento, o Conselho Europeu deveria dar sinais claros de que este stop and go, na ratificação do Tratado constitucional europeu, tinha mais de go do que do stop. Ora a imagem que transparece para a opinião pública é precisamente mais de stop do que de go.
Portugal fez o que tinha de fazer face ao contexto europeu, mas é precisamente aí que está o problema. Os países, individualmente, não têm força para provocar mudanças, mas no entanto também não se entendem colectivamente quanto ao rumo e à velocidade do projecto europeu.
Não há que estranhar! A Europa sempre foi assim, menos quando esteve subjugada a uma potência!

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