A censura ideológica e moral do Bloco de Esquerda usa frequentemente uma deturpação selectiva. O Bloco tem um Plano de Classificação para as suas ideias e pessoas e apenas espera por uma meia-oportunidade para desferir golpes, uns mais certeiros que outros. Quando o faz utiliza todo o seu jargão político pós-moderno e também o anacrónico. Porque esta esquerda não sabe aquilo que é. Moderna na forma, mas profundamente anacrónica em grande parte do seu conteúdo. Enclausurada não procura mudar a sociedade, prefere falar alto e esperar que ela se mude, para que possam dizer: Vêem como tínhamos razão!
Quando leio as palavras de Fernando Rosas a atacar Carlos Encarnação, o PSD e toda a Direita, devido ao facto deste autarca ter inaugurado uma escultura a prestar homenagens aos soldados da Guerra Colonial, convenço-me da falta de proporcionalidade do Bloco de Esquerda. Uma parte não é um todo. Olhem que se há coisa a que não me sinto minimamente obrigado é defender a Direita!
Quando abusa da expressão colonialismo, referindo que se presta homenagem a soldados que estiveram ao serviço dessa prática colonial, reforço a ideia de como é fácil falar de cátedra quando se pertence à Alta-Esquerda . Insinua que quem merece homenagens são precisamente aqueles que tudo fizeram contra essa guerra, contra o colonialismo, que não participaram nela.
Sou um filho de Abril, como tal valorizo a Liberdade que a revolução me garantiu. Valorizo papel de todos os que lutaram contra o anterior regime, mas não consigo deixar de prestar homenagem por todos aqueles que tombaram numa guerra que não era a sua. Porque uma guerra nunca é de ninguém. Mas não posso admitir que se abata a censura e a prepotência sempre que alguém se recorda desses homens, dos nossos homens.
Que se discuta o mérito da estátua... pela descrição deve ser mau. Um soldado de G3 com uma criança ao colo não parece de grande originalidade ou elaboração descritiva. No entanto não podemos continuar a viver com a ideia de que a nossa guerra colonial foi apenas espaço de manifestações macabras e de horror contra as populações. Não quero ser eu a fazer a História da Guerra Colonial, mas também não quero que a façam a partir de generalizações e estereótipos e, principalmente, que se escondam atrás destes para lançarem cortinas de fumo. Procuro encarar os temas sem tabus, sem juízos de valor, por isso me custa esta capa de silêncio que se abate sobre homens que morreram, mutilados ou outros que regressaram e ainda hoje têm de enfrentar uma outra guerra no seu próprio país. A guerra da reconciliação. Da minha parte quero assinar o tratado de paz, falando sem preconceitos, não pactuando com atrocidades cometidas, mas apoiando os que regressaram e respeitando os que tombaram.
Quando leio as palavras de Fernando Rosas a atacar Carlos Encarnação, o PSD e toda a Direita, devido ao facto deste autarca ter inaugurado uma escultura a prestar homenagens aos soldados da Guerra Colonial, convenço-me da falta de proporcionalidade do Bloco de Esquerda. Uma parte não é um todo. Olhem que se há coisa a que não me sinto minimamente obrigado é defender a Direita!
Quando abusa da expressão colonialismo, referindo que se presta homenagem a soldados que estiveram ao serviço dessa prática colonial, reforço a ideia de como é fácil falar de cátedra quando se pertence à Alta-Esquerda . Insinua que quem merece homenagens são precisamente aqueles que tudo fizeram contra essa guerra, contra o colonialismo, que não participaram nela.
Sou um filho de Abril, como tal valorizo a Liberdade que a revolução me garantiu. Valorizo papel de todos os que lutaram contra o anterior regime, mas não consigo deixar de prestar homenagem por todos aqueles que tombaram numa guerra que não era a sua. Porque uma guerra nunca é de ninguém. Mas não posso admitir que se abata a censura e a prepotência sempre que alguém se recorda desses homens, dos nossos homens.
Que se discuta o mérito da estátua... pela descrição deve ser mau. Um soldado de G3 com uma criança ao colo não parece de grande originalidade ou elaboração descritiva. No entanto não podemos continuar a viver com a ideia de que a nossa guerra colonial foi apenas espaço de manifestações macabras e de horror contra as populações. Não quero ser eu a fazer a História da Guerra Colonial, mas também não quero que a façam a partir de generalizações e estereótipos e, principalmente, que se escondam atrás destes para lançarem cortinas de fumo. Procuro encarar os temas sem tabus, sem juízos de valor, por isso me custa esta capa de silêncio que se abate sobre homens que morreram, mutilados ou outros que regressaram e ainda hoje têm de enfrentar uma outra guerra no seu próprio país. A guerra da reconciliação. Da minha parte quero assinar o tratado de paz, falando sem preconceitos, não pactuando com atrocidades cometidas, mas apoiando os que regressaram e respeitando os que tombaram.
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