No dia 20 de Fevereiro o canal de generalidades da Tv Cabo, People & Arts, vai emitir um especial sobre Portugal que coloca como cicerones algumas proeminentes figuras da política nacional. Intitulado Portuliquices o programa funciona como um roteiro de Portugal através da sua política. Vamos poder fazer uma visita a S. Bento tendo Santana Lopes como anfitrião, todos os locais normalmente vedados aos jornalistas são colocados à apreciação do grande público, do salão nobre, à piscina do Cavaco, até o quarto do próprio Santana. Podemos ouvir ainda palavras do mordomo da residência oficial afirmando que Pedro Santana Lopes foi o melhor inquilino uma vez que nunca foi necessário fazer a sua cama. E um país ingrato ao esforço do nosso primeiro...
Igualmente interessante é a visita guiada com José Sócrates que, pela primeira vez, abre as portas do seu modesto apartamento no centro de Lisboa. Notícias de última hora revelam que há um movimento de descontentamento na imprensa cor-de-rosa nacional por esta preferência a um órgão de comunicação estrangeiro. À margem destas polémicas laterais avançamos para a sede do Partido Socialista, no Hotel Altis... aliás, no Rato! Subida imediata pela escadaria, porque à esquerda era a sala do Manel Alegre, visita ao salão de dança e passagem fugaz pela sala chinesa onde ainda se sentem uns vapores soaristas.
Com Paulo Portas o percurso inicia-se em Figo Maduro num dos melhores spots de observação das aeronaves que sobrevoam Lisboa, uma rápida passagem pela feira do relógio para a dose diária de beijos e abraços, muita rápida passagem pelo Largo do Caldas, para ver (e temer) a derrocada do palacete sede do PP, descida ao Terreiro do Paço para um breve abraço cristão ao Bagão e uma beijoca à Celeste que está barricada na Caixa Geral de Depósitos. Entretanto é noite e é hora do passeio diário por uma dos mais afamados jardins de Lisboa.
A extrema esquerda também tem o seu espaço começando com Francisco Louçã, no lançamento da noitada, a beber uma cerveja no Estádio, ao Bairro Alto, mas só bebe uma, pois tinha estado a beber chá na Lapa antes de vir para o programa. De seguida, um curto passeio pelos melhores spots de venda de chamon marroquino, intervenção nos Artistas Unidos e um abraço ao pessoal da Bica. Jerónimo de Sousa aparece na fonte luminosa, em passo largo avança até ao Intendente para atacar o Governo e os outros partidos da oposição por só falarem da droga depois do PCP ter falado. Apanha o cacilheiro no Cais de Sodré e aproveita para criticar o Governo e os partidos da oposição por só falarem dos transportes públicos depois do PCP. De cacilhas parte para os estaleiros da Lisnave para puxar a trunfo da autoridade que só ele tem para falar na construção naval. “Quem é você Paulo Portas?” – questiona o líder comunista. Continua, “Ainda não distinguia a proa da popa e já eu soldava nesta gloriosa indústria absorvida pelo capitalismo desregulado inimigo do proletariado”. Termina o seu percurso a beber uma imperial e a comer uns tremoços na Cova do Vapor, antes de regressar a Pirescoxe.
Um país feliz e cativante na sua diversidade é a imagem que passa de Portugal, onde não passam apenas ideias e realizações, mas também as normais questiúnculas políticas e poucos ataques pessoais vindos de alguns temperamentos mais destemperados. Em resumo, não é só genialidade, ainda há espaço para a banalidade rotineira da vida. Um tónico, um bálsamo aconselhável para os pouco portugueses que se encontram desgostosos com o seu país.
Igualmente interessante é a visita guiada com José Sócrates que, pela primeira vez, abre as portas do seu modesto apartamento no centro de Lisboa. Notícias de última hora revelam que há um movimento de descontentamento na imprensa cor-de-rosa nacional por esta preferência a um órgão de comunicação estrangeiro. À margem destas polémicas laterais avançamos para a sede do Partido Socialista, no Hotel Altis... aliás, no Rato! Subida imediata pela escadaria, porque à esquerda era a sala do Manel Alegre, visita ao salão de dança e passagem fugaz pela sala chinesa onde ainda se sentem uns vapores soaristas.
Com Paulo Portas o percurso inicia-se em Figo Maduro num dos melhores spots de observação das aeronaves que sobrevoam Lisboa, uma rápida passagem pela feira do relógio para a dose diária de beijos e abraços, muita rápida passagem pelo Largo do Caldas, para ver (e temer) a derrocada do palacete sede do PP, descida ao Terreiro do Paço para um breve abraço cristão ao Bagão e uma beijoca à Celeste que está barricada na Caixa Geral de Depósitos. Entretanto é noite e é hora do passeio diário por uma dos mais afamados jardins de Lisboa.
A extrema esquerda também tem o seu espaço começando com Francisco Louçã, no lançamento da noitada, a beber uma cerveja no Estádio, ao Bairro Alto, mas só bebe uma, pois tinha estado a beber chá na Lapa antes de vir para o programa. De seguida, um curto passeio pelos melhores spots de venda de chamon marroquino, intervenção nos Artistas Unidos e um abraço ao pessoal da Bica. Jerónimo de Sousa aparece na fonte luminosa, em passo largo avança até ao Intendente para atacar o Governo e os outros partidos da oposição por só falarem da droga depois do PCP ter falado. Apanha o cacilheiro no Cais de Sodré e aproveita para criticar o Governo e os partidos da oposição por só falarem dos transportes públicos depois do PCP. De cacilhas parte para os estaleiros da Lisnave para puxar a trunfo da autoridade que só ele tem para falar na construção naval. “Quem é você Paulo Portas?” – questiona o líder comunista. Continua, “Ainda não distinguia a proa da popa e já eu soldava nesta gloriosa indústria absorvida pelo capitalismo desregulado inimigo do proletariado”. Termina o seu percurso a beber uma imperial e a comer uns tremoços na Cova do Vapor, antes de regressar a Pirescoxe.
Um país feliz e cativante na sua diversidade é a imagem que passa de Portugal, onde não passam apenas ideias e realizações, mas também as normais questiúnculas políticas e poucos ataques pessoais vindos de alguns temperamentos mais destemperados. Em resumo, não é só genialidade, ainda há espaço para a banalidade rotineira da vida. Um tónico, um bálsamo aconselhável para os pouco portugueses que se encontram desgostosos com o seu país.
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