Sucedem-se episódos na gestão política portuguesa que nos devem deixar a todos francamente preocupados e, até mesmo, indignados. José Sócrates continua as suas nomeações, para administrações de empresas públicas, de pessoas com reconhecida competência técnica. Na primeira linha está naturalmente Fernando Gomes, homem com um profundo conhecimento do sector energético e principalmente dos combustíveis fósseis. Cuidado Patrick Monteiro de Barros! Gomes ficou espantado com o convite, mas não o recusou... Não vamos ser mais papistas que o Papa, um convite daqueles seria sempre difícil de recusar!
Na continuidade surgiu o nome de Armando Vara nomeado ontem para administração da Caixa. Mais um fortíssimo currículum técnico: deputado por isto, candidato por aquilo, secretário de algo, ministro de tal. Uma sucessão de cargos que culminam com a chegada à administração da Caixa Geral de Depósitos, da qual foi trabalhador (?) mais de 20 anos. Não se indignem com o ponto de interrogação a seguir ao trabalhador, Armando Vara tem qualidades, mas tenho dúvidas que as tenha aplicado na Caixa, pois esteve sempre destacado para cargos políticos.
Para além destes nomes temos outros... como Luís Nazaré, que tem tanto de competência técnica como tem de cata-vento político. Percebem a ideia?!
No caso da administração da Caixa o que me parece mais grave é a hipótese de um governo ter substituído os gestores porque estes estavam em desacordo com a sua política. A Caixa terá recusado financiar o programa de investimentos prioritários, cometendo assim a heresia de contrariar a orientação da política económica do governo. Mau sinal. A gestão de empresas com capital público deve ser clara e transparente e possuir uma estratégia própria, virada para o mercado. A sua estratégia não pode ser confundida com a do seu accionista maioritário: o Estado. Estas medidas destabilizam as empresas ou entidades bancárias, desgastam o executivo e cansam a opinião pública que não se revê nesta política.
Com tudo isto não percebo porque gastam tanto os governos em acessores e gabinetes de imprensa ou de comunicação. Para quê? Se todas as boas e justas medidas que possam fazer irão ser subjugadas a estas decisões que geram a revolta entre os cidadãos. O mais grave é que os partidos conhecem o descontentamento que provocam e continuam a praticá-las. Isso é que me preocupa. O que leva alguém a tomar uma medida sabendo que terá um efeito muito prejudicial na sua actuação?
José Sócrates até pode querer fazer tudo certinho, mas não podem ser só as reformas no sector público. A moralização começa no interior dos partidos, do seu partido.
Na continuidade surgiu o nome de Armando Vara nomeado ontem para administração da Caixa. Mais um fortíssimo currículum técnico: deputado por isto, candidato por aquilo, secretário de algo, ministro de tal. Uma sucessão de cargos que culminam com a chegada à administração da Caixa Geral de Depósitos, da qual foi trabalhador (?) mais de 20 anos. Não se indignem com o ponto de interrogação a seguir ao trabalhador, Armando Vara tem qualidades, mas tenho dúvidas que as tenha aplicado na Caixa, pois esteve sempre destacado para cargos políticos.
Para além destes nomes temos outros... como Luís Nazaré, que tem tanto de competência técnica como tem de cata-vento político. Percebem a ideia?!
No caso da administração da Caixa o que me parece mais grave é a hipótese de um governo ter substituído os gestores porque estes estavam em desacordo com a sua política. A Caixa terá recusado financiar o programa de investimentos prioritários, cometendo assim a heresia de contrariar a orientação da política económica do governo. Mau sinal. A gestão de empresas com capital público deve ser clara e transparente e possuir uma estratégia própria, virada para o mercado. A sua estratégia não pode ser confundida com a do seu accionista maioritário: o Estado. Estas medidas destabilizam as empresas ou entidades bancárias, desgastam o executivo e cansam a opinião pública que não se revê nesta política.
Com tudo isto não percebo porque gastam tanto os governos em acessores e gabinetes de imprensa ou de comunicação. Para quê? Se todas as boas e justas medidas que possam fazer irão ser subjugadas a estas decisões que geram a revolta entre os cidadãos. O mais grave é que os partidos conhecem o descontentamento que provocam e continuam a praticá-las. Isso é que me preocupa. O que leva alguém a tomar uma medida sabendo que terá um efeito muito prejudicial na sua actuação?
José Sócrates até pode querer fazer tudo certinho, mas não podem ser só as reformas no sector público. A moralização começa no interior dos partidos, do seu partido.
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