sexta-feira, maio 27, 2005

Aleg(o)ria Nacional

Ilha da Madeira

Enquanto o continente debate os 6, 8% do défice das contas pública e contesta ou ambiciona mais acção quanto às reformas na função pública, a pérola do Atlântico continua impávida e serena a flutuar pelo Atlântico, orgulhosamente alheia dos problemas que nos assolam. Impudicamente Alberto João Jardim admitiu mais 890 funcionários públicos na Administração Regional. Este número representou um aumento de 11% face ao ano anterior. Vergonha, que isto se passe em Portugal, à revelia cúmplice de tantos governos sem que ninguém feche a torneira de dinheiro público para esta alegoria do que é Portugal.
Instâncias como o Tribunal de Contas gastam latim em pareceres sobre os abusos financeiros da ilha, omo foi recentemente as quantias escandalosas atribuídas aos clubes de futebol, e nenhuma instência judiciária ou parlamentar sequer se pronuncie.
José Sócrates quer enfrentar os corporativismos, poderes e privilégios instalados injustificados, poderá combate-los a todos, mas enquanto a realidade da Madeira for a deste desprezo pelos restantes portugueses, esse será um trabalho condenado ao fracasso, porque tal facto revelará que, em Portugal, continua a haver quem se julgue acima da Lei.
Limitação de mandatos, para ontem! Mas sem deixar cair os governos regionais como deseja o PSD.
Diminuição da dívida pública, para já! Mas com as restrições a alcançarem as autarquias e os governos regionais.

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