Descobre-se quando o escondemos,
aceitando com tudo nada.
Morreu, secou, viveu, afogou.
Não houve sinos, creio,
ainda hoje não os oiço.
Mais uma revolução sem repique.
Anda hoje se sente a incógnita
do acto tantas vezes
propalado, por
heróis, num mês
que teima a não durar nos anos.
A causa não é dama, mas ama.
Abril também é hipócrita, mas
também tem Hipócrates.
Um rio Eufrates, onde
banhamos ânsias e esperanças.
Ainda esperamos por ele
nos nevoeiros, Abril, o tal
que traz a igual...
descobre-se quando o sol se esforça
para mostrar aquilo que
muitos escondemos.
Abril sem estação
(essa é a ambição).
Miguel Silvestre
25.4.03
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