Portugal, nos últimos anos, aderiu ao conceito de outsourcing, inclusivamente na Administração Pública, antes tão resistente a intromissões de privados no seu funcionamento. A dificuldade de conversão dos quadros de funcionários públicos e a fraca gestão do conhecimento no seio da administração pública levou a que o outsorcing seja, hoje em dia, encarado por muitos como a panaceia para a modernização administrativa dos serviços públicos. Inevitável em alguns casos, onde é requerida tecnologia de ponta ou conhecimentos ultra especializados, também vai acontecendo a sua utilização em sectores onde deveria existir competência técnica e investimento mínimo dentro da própria administração pública. Por vezes é preferível contratar um privado para fazer o trabalho que um funcionário público com qualificação e motivado poderia desempenhar com normalidade e com garantia de continuidade.
Neste contexto levantam-se vários problemas quanto à estratégia do outsourcing:
1. É frequente em Portugal as entidades contratantes (públicas e privadas) desresponsabilizarem-se do trabalho após a elaboração do contrato. A falta de acompanhamento técnico do serviço que requer o trabalho leva a que algumas empresas o efectuem, por vezes, em dissonância com os interesses dos serviços para os quais deveriam dar resposta.
Terá sido isso que passou com a Compta e com o recente caso das devoluções incorrectas da Direcção Geral de Contribuições e Impostos.
2. O recurso abusivo ao outsourcing pode levar a perdas de conhecimento sobre áreas vitais do funcionamento interno das entidades e a aumentos dos custos no longo prazo.
O recurso sistemático ao outsourcing deve ser enquadrado num plano onde estejam identificadas áreas vitais das entidades ou companhias, mas também os sectores com vitalidade própria e aqueles onde terá de ser injectada de fora para dentro.
3. Dificuldade na gestão de recursos humanos e no ambiente interno da companhia com a chegada de um serviço externo, que funcionará a um ritmo diferente em virtude de possuir objectivos muito específicos e imediatos.
No entanto, colocadas estas premissas, a agilização da função pública passa por este conceito de forma a evitar despesas fixas relacionadas com os encargos de funcionários e aumentando a competitividade com injecções de dinâmica do sector privado.
Brincando um pouco com o conceito apetece-me perguntar se não poderíamos fazer um outsourcing para o Estado Português?! Os nossos problemas estão identificados, assim como as soluções, só falta a capacidade de concretização e essa alguém a terá. Para além disso, caso não cumprissem o contratualizado poderíamos sempre pedir a respectiva indemnização e cortar nas colaborações futuras.
Neste contexto levantam-se vários problemas quanto à estratégia do outsourcing:
1. É frequente em Portugal as entidades contratantes (públicas e privadas) desresponsabilizarem-se do trabalho após a elaboração do contrato. A falta de acompanhamento técnico do serviço que requer o trabalho leva a que algumas empresas o efectuem, por vezes, em dissonância com os interesses dos serviços para os quais deveriam dar resposta.
Terá sido isso que passou com a Compta e com o recente caso das devoluções incorrectas da Direcção Geral de Contribuições e Impostos.
2. O recurso abusivo ao outsourcing pode levar a perdas de conhecimento sobre áreas vitais do funcionamento interno das entidades e a aumentos dos custos no longo prazo.
O recurso sistemático ao outsourcing deve ser enquadrado num plano onde estejam identificadas áreas vitais das entidades ou companhias, mas também os sectores com vitalidade própria e aqueles onde terá de ser injectada de fora para dentro.
3. Dificuldade na gestão de recursos humanos e no ambiente interno da companhia com a chegada de um serviço externo, que funcionará a um ritmo diferente em virtude de possuir objectivos muito específicos e imediatos.
No entanto, colocadas estas premissas, a agilização da função pública passa por este conceito de forma a evitar despesas fixas relacionadas com os encargos de funcionários e aumentando a competitividade com injecções de dinâmica do sector privado.
Brincando um pouco com o conceito apetece-me perguntar se não poderíamos fazer um outsourcing para o Estado Português?! Os nossos problemas estão identificados, assim como as soluções, só falta a capacidade de concretização e essa alguém a terá. Para além disso, caso não cumprissem o contratualizado poderíamos sempre pedir a respectiva indemnização e cortar nas colaborações futuras.
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