Pedro, O Breve

A nomenclatura histórica de Pedro Santana Lopes já foi escolhida pelo jornal catalão La Vanguardia e o único comentário que merece é que é absolutamente exemplar! Quando muitos esperavam que tivesse nascido Pedro, O Grande, abate-se a decepção sobre o PSD como a doença abateu o grande czar russo.
As movimentações vão ser intensas e os apoiantes de Santana Lopes não vão deixar de culpabilizar as vozes críticas internas e desafiá-las a avançar. À semelhança do bébé mimado as culpas são sempre dos pais, dos amigos, do Mundo!
Amigo Pedro a maturidade advém da capacidade de fazermos escolhas difíceis, por exemplo:
"Espelho meu, onde devo ir? Ao casamento da filha da minha acessora ou à tomada de posse dos novos secretários de Estado?" Bem sei que em Belém a mesa de frios e a garrafeira não será tão rica, mas por favor Pedro!!! Optar pelo casamento?!
Outros exemplos:
- "Espelho meu, sigo a política do aborrecido do Bagão Félix com a austeridade ou sigo a opinião dos megalómanos que me fizeram ganhar a Câmara de Lisboa?". Outra escolha ao lado...
- "Espelho meu, rebato as críticas do Marcelo ou mando o meu cão de fila morder-lhe nas canelas?" Mais um tiro no pé...
- "Durmo uma sesta ou sigo já para a Moda LX?"
- "Desmonto a argumentação ofensiva da Imprensa ou tento controlá-la?"
Certemente que o Pedro tomou algumas medidas positivas, mas não me lembro de nenhuma, de alguns ministros ocorre-me qualquer coisa...Adeus António Mexia!!
Mais do que os ministros foi o nosso primeiro o grande factor de instabilidade.
Se Pedro Santana Lopes tem a reputação de infant terrible, já o Presidente da República comportou-se como o avô paciente que esperou quatro meses para reverter a decisão que tanto lhe tinha custado a tomar. Para mim será sempre Pedro, O Breve, mesmo que queira vestir a pele de Pedro e O Lobo ou, num cenário hipotético, ganhe as eleições.