A evidência assumiu preponderância face à criatividade vidente do nosso Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças. Espanta-se a Nação perante os dados estatísticos que referem que o Produto Interno Bruto, no último trimestre, caiu 1,2 % face ao anterior trimestre. A retoma de alavanca Euro 2004 não passou dum fenómeno temporário e circunstancial. O consumo privado, motor desse parco crescimento económico, não aguenta a economia nacional, mas o sector empresarial revela fragilidades como demonstram as estatísticas referentes ao nosso défice comercial que se agravou 20,5%, neste ano. Enquanto as exportações aumentaram 4,7%, as importações cresceram 9,6%. Recordam-se das palavras de Pedro Santana Lopes?
A austeridade estará de volta, mas apenas caso exista responsabilidade, o que no actual cenário não se afigura credível. Será Sócrates líder para assumir esse papel? A pergunta paira na mente de todos os portugueses e foi expressa, entre outros, por Correia de Campos, ministro da Saúde com António Guterres. O medo da apelidada "tralha guterrista" cresce à medida que PSD e PP juram que estes vão repetir os mesmos erros que levaram à saída pouco gloriosa do mais promissores líder socialista depois de Mário Soares. Será que a história se repete?
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